USHUAIA by motorbike: Dia 07: Viedma – Puerto San Antonio Este

Hoje surpreendemos o João hehehe, assim que ele desceu para a “cochera”, nossas motos já estavam pronta para partir e saímos sem atraso nenhum. Mais uma vez, intermináveis retas na ruta 3 e, sem brincadeira, quase dormi em cima da moto. Você trava a direção, acelera e espera os kilometros passarem. Até torci por um ventinho para quebrar a rotina, o que aconteceu mais tarde.

Para quebrar um pouco a rotina, decidimos sair da ruta e entrar para Puerto San Antonio, que tem um rochedo que vai margeando o mar, muito bonito. Nesse ponto começa a parte engraçada. O Lucas queria porque queria uma foto na praia e decidiu entrar com a moto. Parecia que era bem firme, mas foi sair do asfalto e descer para a praia para as motos afundarem feio numa mistura de areia e conchas. Bom, quem está na chuva é para se molhar. Já estávamos lá, decidimos tirar a bendita foto e se preocupar com a volta depois. O João, que é macaco velho, ao ver nosso apuro, nem desceu, ficou do asfalto só observando os dois patetas.

Bom, foto tirada, hora de tentar voltar para o asfalto. Ao acelerar, a moto afundava, afundava e não saia do lugar. O Lucas com jeitinho tirou a dele e subiu para o asfalto devagarzinho, mas forçando bastante o motor. Eu desci da minha, desatolei e fui andando ao lado dela controlando no acelerador e na embreagem. Até aí tudo bem, mas na hora da subida, mesmo sabendo do risco, decidi acelerar de uma vez e subir rápido para não forçar o motor. No começo foi gostoso, a moto dançando de um lado para o outro até que a roda da frente afundou, ai já era, tentei segurar mas não dava mais tempo.

Como a moto está carregada e pesada, não consegui segurar e quando vi que ia tombar mesmo, pulei e comprei um pedaço da praia. O que parecia ser uma tragédia foi muito legal, a areia era bem fofa mesmo e nem senti, a moto muito menos, nem desregular o retrovisor desregulou. Fiquei com vontade de bis J , mas não é bom tentar a sorte né? Desci da moto e subi com o Lucas empurrando a traseira.

De volta para o asfalto e a monotonia da ruta 3, paramos para abastecer. Ali começamos a ver os efeitos de dormir pouco: a moto estava mais pesada de um dos lados e numa bobeira minha, a moto pendeu um pouquinho para o lado e, nem eu e o Lucas conseguimos segurar hua hua hua, strike! A minha bateu na do Lucas, que foi para o chão. Estamos ficando bons nisso heim?

As bolsas laterais estão servindo muito bem como proteção, pois mais uma vez não tivemos nenhum prejuízo, com exceção da minha bolha, que ao bater na moto do Lucas trincou no defletor. Silvertape da bicha e vamos embora.

Chegamos em Trelew as 16:30 e fomos procurar um mecânico para troca do óleo e lubrificação da corrente. Mais uma vez exemplo de atendimento. Oficina limpinha e atendimento de primeira. Enquanto esperávamos, parou um argentino com uma Honda African Twin para conversar e ver nossas motos.

Mais um argentino bacana. Esperou o mecânico terminar o serviço só para nos levar nos hotéis da cidade. Assim que encontramos, ficamos batendo papo sobre viagens, rípio, lugares a conhecer, etc. Ele ia nos convidar para dormir na casa dele, mas já ia receber dois alemães hoje e não cabia mais três. Valeu Jaime, sua ajuda foi providencial.

Vamos jantar no hotel mesmo e dormir cedo pois amanhã temos uma paulada pela frente.

Opa, estava para postar e o Lucas acaba de lembrar da última lambança do dia. Chegamos no hotel junto com o Jaime e ele parou a moto perto da minha. Ao perceber que ele queria descer, chutei meu pezinho para descansar a moto e desci-a. O pezinho bateu no chão e voltou para a posição original e a moto pendeu. UFA, e para segurar... dessa vez segurei mas estava tão cansado que não consegui trazê-la de volta. Ai vai o Leandrinho: - Ayuda, Ayuda para o Jaime, que me ajudou colocá-la de pé. Que vergonha!! Jaime, isso não é normal não, tá?

Suerte aos viajantes!