Dia 11 e dia 12 - Ushuaia - 300km

Noooosssa, como foi bom reencontrar minha esposa. Ontem, quando apontamos no hotel, por volta das 23:30, ela já saiu correndo me receber, toda aliviada. Ela estava me esperando desde as 19:00, coitada, estava aflita.

Um noite muito bem dormida, abraçadinho com a amada, longe do ronco do João e do enrolado do Lucas, e estava pronto para desbravar o fim do mundo.

Passei no Hostel do Lucas e fui muito bem atendido pela Mónica e o Gastón, donos do lugar. Eu nem estava hospedado lá e me receberam como da família. Que inveja do Lucas e da Rívika. Nosso hotel era muito bom também, mas o clima do Hostel era formidável.

Motocas preparadas, mulheres na garupa e vamos para o primeiro ponto turístico, indicado pelo Gastón: um glaciar. A estrada que leva ao glaciar já valia o passeio, mas quando chegamos lá, é realmente impressionante. Paisagem deslumbrante, clima friozinho, solzinho gostoso e ar puro = horas de caminhada. Nota 10 para esse passeio.

Pausa para almoçar e para o Lucas preparar uns lanchinhos e vamos para o Parque Nacional, que tem no final da Ruta 3. Outro lugar maravilhoso, onde se chega até o final do continente. Mais uma vez, caminhadas e mais caminhadas, cercadas de paisagens fantásticas. O único ponto negativo é o pózão que levanta no final da ruta 3, que nos cobriu de pó da cabeça aos pés.

Nos separamos no final da noite e cada um seguiu um destino: Eu e Mô fomos para o hotel curtir uma banheira bem quente e vinho e o Lucas com a Ri foram para um batuque que estava rolando no coreto da praça. Depois o Lucas comentou que ainda ficaram bebendo vinho e conversando com o pessoal do hostel.

No dia seguinte, acordamos cedo para fazer a navegação que leva até o farol de Ushuaia, até os pinguins e os leões-marinhos. Mas, devido a saída de um navio cruzeiro, a navegação da manhã foi cancelada e decidimos seguir com as motos pela estrada maravilhosa entre Ushuaia e Tolhuim, já que na chegada passamos direto por tudo. Fora o frio, o passeio foi maravilhoso. A Mônica me cutucava o tempo todo, apontando para todos os lados. Também, com as paisagens que víamos, qualquer um fica doido :)

Parada para um chocolate quente num restaurante na beira do lago e voltamos. No meio do caminho, a Mônica viu uma plaquinha escondida no meio do mato: Laguna Esmeralda. Na hora voltamos, pois a outra Mónica (dona do Hostel) havia nos dito que era imperdível, e era mesmo. A trilha é no meio de um bosque que leva até uma lagoa verdinha.

Encontramos umas garotas de Israel que nos avisou que aquela não era a laguna ainda, teríamos que andar mais 1h30 para chegar lá. Como queríamos fazer mais coisas e aquela lagoa que estávamos vendo já era muito bonita, resolvemos dar meia volta e seguir viagem.

Andamos mais alguns quilometros com a moto e vimos um lugar fantástico, com um riozinho limpinho, não tivemos duvida: paramos e aprontamos uma fogueirinha. Imaginem que perfeito: rio limpinho, friozinho e esquentando as mãos numa fogueirinha, eeeee vida boa.

Para acabar com a graça, começou a chuviscar e decidimos apagar de uma vez a fogueira e ir para a cidade, pois precisávamos levar as motos para o mecânico, para troca de "azeite", esticar e lubrificar as correntes e fazer uma pequena revisão. Levei no mecânico que arrumou a XRE do Serjão, que teve problemas com as válvulas. Chegando lá, fomos muito bem atendidos pelo Pablo, que lembrou do Serjão e de sua XRE e deixamos as mosquitonas para uma geral.

Nisso a fome bateu e fomos comer as famosas empanadas. Em uma palavra? Imperdível, ainda mais regada a cerveja hehehe.

Volta para o hotel, arrumação geral, retirada da moto e dormir, pois amanhã saímos cedo. O Lucas e a Rívika ficaram tomando vinho de novo no hostel... depois fica com sono durante o dia...

Dois dias foram muito pouco, ficou um gostinho de quero mais. Ainda volto pra cá, no inverno, para esquiar.

Glaciar no Ushuaia

A ponte :)

Aquecendo!!!

Lindo, não?

Lucas e Gastón