sábado, 21 de janeiro de 2012

Dia 14: Rio Gallegos - El Calafate - Glaciar Perito Moreno - El Calafate (460 KM) 9h00 às 20h30

Pra variar um pouco, antes de reclamar do vento de novo, vou dizer o lado bom dessa ventania toda: as nuvens negras de chuva da noite anterior simplesmente sumiram. O dia amanheceu com o céu aberto. Óbvio que não ia sair de graça essa maravilha: o vento que costuma ficar mais forte na parte da tarde, já estava nervoso logo cedo.

Enquanto tomávamos café da manhã no hotel, encontramos novamente um mexicano que também está de moto (já havíamos cruzado com ele em um posto de imigração e no Ushuaia) e conhecemos um polonês que está indo pro Ushuaia de moto também. O legal dessa viagem é que a gente encontra motociclista de todo lugar: americano, japonês, mexicano, etc
O polonês, que havia acabado de passar por El Calafate nos deu a dica de onde dormir, um camping com estrutura muito boa: restaurante, wi-fi e tals. Outros tipos de hospedagem ele disse que é muito caro por lá.

Como o trajeto era curto, acabamos saindo mais tarde hoje. Ventania e frio pra caramba na estrada. O Leandro disse que foi o pior dia de frio. Já eu, passei mais frio indo pro Ushuaia.

As estradas nesse trecho também são lindas. Morros rochosos típicos de regiões desérticas, contrastando com as montanhas nevadas ao fundo e com rios e lagos de um azul e verde que pareciam brilhar.

Percurso tranquilo, logo estávamos em El Calafate. Na entrada da cidade tem um posto de gasolina e já resolvemos abastecer. Como o caminhão tanque estava descarregando a gasolina nesse momento, tivemos que ficar esperando até ser liberado novamente o funcionamento do posto.  Enquanto isso, aproveitamos pra almoçar (na verdade, comer um salgado e tomar alguma coisa).

Na fila do posto, conhecemos mais um motociclista, dessa vez argentino, com uma Fazer 250. Cara doido, meio bicho grilo, mas muito gente boa. Preciso saber que pneu ele usa, porque ele disse que já rodou 28 mil Km com ele e o nosso traseiro não vai nem aguentar voltar, se abusar.
Em seguida aproveitamos pra fazer nossa reserva no camping que o polonês havia indicado e já demarcamos onde montaríamos nossas barracas.
Só pra comparar, em Puerto San Julian pagamos 12 pesos por pessoa no camping e em El Calafate pagamos 35. 

Barriga cheia e motos abastecidas, partimos para o Glaciar Perito Moreno (se não me engano, é o maior do mundo).  A estradinha que leva até o Glaciar é muito da hora. Cheia de curvas, árvores e margeando o mar verde claro (ou seria um lago? Sei lá, era enorme... ) De longe já começamos a avistar o glaciar, mas quando chegamos perto é que realmente o negócio ficou impressionante.
É um mundão sem fim de gelo. Você fica de frente para aquele paredão de gelo, que deve estar lá há milhares, milhões de anos. Ficamos por lá uns 40 minutos admirando a beleza e torcendo pra desmoronar uma parte dele (ao mesmo tempo que torcia pra cair um pedaço, eu torcia pra não cair também - aquecimento global, vai saber né). Disseram que quando cai um pedaço faz um barulho ensurdecedor e é um espetáculo único.

De volta para o camping, montamos nossas barracas e fomos jantar. Nossa, pela primeira vez aqui na Argentina tiramos a barriga da miséria. Restaurante self service com rodízío de carne. Depois de todos esses dias sem comer muita salada, eu nem dei muita bola pra carne: cai matando na salada. Devo ter comido um pé de alface inteiro, uma cenoura, duas beterrabas, meia cebola, 2 rabanetes, 2 tomates, 1/4 de repolho, etc. Sai do restaurante parecendo um boi gordo.

Barracas montadas e barriga cheia, bora tomar banho e dormir. Quer dizer, o João foi direto dormir porque tava só o pó...

No meio do caminho 


Ao fundo, um dos lagos


Chegando em El Calafate 

Entrada do Parque Nacional para o Glaciar Perito Moreno 

O glaciar visto de longe 


O glaciar mais de perto 


Mais de perto ainda 

Acampamento montado 

Olha o assado aí !!

Pratinho do Leandro

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