Dia 03: Passo Fundo - Uruguaiana - RS (580 Km) 15h00 às 23h00

Depois de 7 horas muito bem dormidas, acordamos às 8 da manhã, o Daniel já estava acordado e emendamos um papo na varanda, tomando chimarrão. Não poderíamos passar pelo Sul sem compartilhar dessa tradição. Em seguida já apareceram a Maria, a Dona Teresinha e o Sr. Pedro, tomamos um café da manhã delicioso, com direito a milho verde cozido, cuca e tudo o mais.

Café tomado, o Daniel nos levou conhecer o sítio com a luz do dia. A constatação mais lógica que pudemos ter é de que estávamos num pedacinho de paraíso. A poucos metros da casa, há um lago enorme, formado por uma barragem de hidrelétrica, que etá desativada. Como eu e o Leandro nem gostamos muito de água, não demorou 5 minutos pra mergulharmos naquela delícia de água limpinha e refrescante.
Além do lago, inúmeras árvores frutíferas: pêssego, ameixa e outras tantas.
Brincamos um pouco com os caiaques no lago e fomos pro rango: o Sr Pedro estava assando cabrito na churrasqueira, que por sinal, também estava apetitosíssimo.
Infelizmente já se passavam das 13 horas e precisávamos seguir viagem, mas vontade não faltou de ficar mais alguns dia em Passo Fundo. A viagem teria valido a pena nem que fosse só até aqui, mas ainda esperamos ter várias outras experiências positivas.

Partimos de Passo Fundo às 15 horas, com 580 Km pela frente. No trajeto, mais estradas bonitas e pessoal simpático.
Próximo de Uruguaiana é que o problema começou: o ataque dos insetos malditos!!! Ao escurecer (depois das 9 da noite, hora em que o Sol se põe por aqui), muito inseto voando pela pista. E quando eu digo muito, pense em milhares. Cinco minutos de pilotagem e a viseiras dos nossos capacetes estavam praticamente cobertas de insetos grudados. Assassinamos centenas, milhares deles hahaha. Se ficássemos recebendo aquela quantidade de insetos na viseira por mais alguns minutos, teria tapado totalmente nossa visibilidade. Tivemos que rodas 100 Km abaixados, com o capacete atrás da bolha das motos. Nem preciso dizer que isso me deu uma dor nas costas. Mas enfim, chegamos a Uruguaiana, última parada no Brasil.

Dessa vez não vamos ficar hospedados pelo esquema do Couch Surfing. Estamos no hotel de trânsito do exército (nessas horas primo militar serve pra alguma coisa hehe).

Conhecemos pessoalmente o João que vai viajar junto conosco até o Ushuaia na Argentina e depois até Santiago no Chile. Fomos jantar e aproveitamos pra bater um papo sobre o roteiro da viagem e nos conhecer um pouco.

Pra fechar o dia, enquanto esperávamos o prato que pedimos e tomávamos uma cervejinha (depois de quase 600 Km, como desce redondo viu, e nem era Skol, era Brahma), o pessoal da lanchonete falou alguma coisa a respeito das nossas motos. Eu estava no celular e nem entendi o que era. Imaginei que era pra tirar a moto de onde estava. Mas não!! Um infeliz (pra não falar outra coisa) encostou com o carro na minha moto. Derrubou a minha moto, que derrubou a moto do Leandro, que caiu em cima de um carro. PQP!

A princípio não houve dano relevante, mesmo porque as motocas não chegaram a cair totalmente no chão. Vou precisar desentortar o retrovisor, a bolha na frente da danada e o guidão que precisa dar uma ajustada. Já passaríamos na Honda amanhã pra fazer as revisões, então vou aproveitar e acertar essas coisas.

Bom, uma coisas é fato: as motocas não voltarão como saíram de Sorocaba e a gente já sabia disso. Mas que dá um dó delas, dá... na hora perdi o T. Mas amanhã é um novo dia e temos muito o que curtir ainda dessa experiência que até agora, tem sido maravilhosa!

                                           Eu e o Leandro no "quintal"do Daniel

                                           Leandro e Daniel nos caiaques

                                           Leandro e Sr. Pedro com o nosso almoço - cabrito

                                           Pessoal todo reunido pro almoço

                                           Eu colhendo uns pêssegos pra viagem

                                           21h00 - pôr do sol

                                           O estado dos capacetes depois do "Ataque dos insetos malditos"