sábado, 14 de janeiro de 2012

Dia 09: Puerto San Julian - Rio Gallegos (370 Km) 13h00 às 19h30

Pra começar bem o dia, ao me mexer de manhã dentro da barraca eu percebo que a mesma está molhada. Achando que a barraca era uma porcaria (primeira vez sendo usada) saí dela para ver se tinha chovido, garoado ou o que é que tinha acontecido para ela estar toda molhada por dentro. Bom, tudo do lado de fora estava bem seco. Eu muito esperto, tinha deixado a toalha de banho estendida em cima da barraca para secar durante a noite e, com isso, acabei tapando o respiro que tem em cima da barraca. Ou seja, toda aquela água que estava dentro (e não era pouca) era a nossa respiração que tinha condensado do lado de dentro porque não tinha por onde sair o ar.

Mas, estando de frente para o mar, era só alegria. Desmontamos o acampamento e saímos conhecer a cidade, que é bem ajeitadinha. Fomos fazer um passeio de lancha até uma ilha onde fica um monte de pinguim, caminhamos entre eles e tudo. Durante o trajeto, avistamos dois golfinhos que nadaram bem perto do barco, passando por baixo dele.

Cidade conhecida e passeio de lancha para ver os pinguins realizado, fizemos uma parada rápida no supermercado para comprar uma frutas e depois seguir viagem.

Para o dia que fizemos o menor percurso, o trajeto foi dos piores. Ventos fortíssimos o tempo todo, na maior parte do tempo, frontal. Em alguns momentos, as motos não passavam de 70 Km/h com o acelerador no talo. Seguimos desse jeito até um posto de gasolina e só saímos para pegar o vácuo de um caminhão. Seguimos em frente por uns 60 Km quando de repente ligaram o ar condicionado da Patagônia. Puta friaca, de repente. Tivemos que parar para o João colocar blusa e para eu e o Leandro colocar a configuração de frio das nossas calças e jaquetas. Nisso, o caminhão já estava a milhas e milhas na nossa frente. Impossível de se alcançar naquele vento.
Ficamos esperando na beira da estrada por um outro caminhão que passasse. Incrível como na hora que você quer, eles não aparecem!!

De repente surge lá na curva na estrada um trailer. Montamos nas motocas e ficamos à espera. Conseguímos nos enfiar no vácuo do trailer e fomos em frente, protegidos do vento frontal. Como o trailer era pequeno, quem estivesse por terceiro não pegava o vácuo direito e nisso, lá se foi o João, que não conseguiu acompanhar e ficou pra trás. Bons companheiros que somos, saímos do vácuo do trailer para esperar o João (que dó de abandonar o trailer).

Pra piorar mais um pouco, o sol foi coberto pelas nuvens e a friaca aumentou ainda mais. Sem caminhão e com o vento desgraçado que não parava, o jeito foi seguir a 65 - 70 km/h.
Pelo menos próximo de Rio Gallegos a paisagem mudou e agora é possível ver um paredão de montanhas.

Demos sorte de encontrar um hotel bom e barato logo de cara. E por coincidência estão hospedados nele dois outros brasileiros que havíamos cruzado num posto de gasolina dois dias atrás. Amanhã seguiremos viagem juntos e pra nossa sorte, teremos alguém pra puxar a fila caso ainda tenha vento: um deles está com uma XT 660. Vamos todos no vácuo dele...

Suerte!! Amanhã devemos chegar ao Ushuaia!!

 Réplica das caravelas que descobriram a Argentina



Dar um mergulho nessa água = virar picolé 



Indo para a ilha dos pinguins 



Caça que batalhou na Guerra das Malvinas - afundou três navios ingleses 


O vento era tão forte que não consegui parar em pé no guard rail (verdade)

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