De manhã, conhecemos no hotel, durante o café da manhã, um pessoal do Sul do Brasil, que estava em duas motos e um carro, fazendo a mesma viagem que a nossa, só que no sentido contrário. Onde passamos na ida, eles passarão na volta, e vice-versa.
A tristeza do dia anterior pelo fato de termos que mudar nossa rota pelo rípio estar muio ruim, deu lugar a um alívio durante a conversa com esse pessoal do sul. Eles passaram pelo caminho que tínhamos desistido de ir e as motos dos caras estavam detonadas, amarradas com arames... só o caco... Ainda bem que não fomos por lá... imaginem o estado das mosquitonas... já levaram dois tombos... esse rípio seria o fim delas...
No meio do caminho paramos em Piedra Buena para abastecer, compramos um lanche e fomos comer na beira do rio, que pra variar, limpíssimo e verde. Bem ajeitada a cidadezinha, embora parecesse meio deserta.
Depois o Leandro comentou que está preocupado com a bomba de combustível, porque ao sair de Piedra Buena ele disse que a bomba de combustível não abriu o segundo estágio e a moto não respondia, tendo que reduzir pra quarta marcha pra bomba responder. Foi o primeiro susto que a danada da XRE deu.
Depois de lá, só fomos parar em Caleta Olívia. O dia rendeu bem... estava sem vento e foi uma beleza. Aliás, não estava sem vento. Na verdade o vento estava a nosso favor. A moto do Leandro fez 32.8 km/litro. Devo comentar também que nesse dia foi o maior chupão num caminhão da história ( chupão aqui é o mesmo que pegar o vácuo pra gente no Brasil). Viemos pelo menos metade do percurso atrás de alguns caminhões.
Ahh... como a XRE nos deu um susto, a Yamaha do João não ficou atrás. Chegou em Caleta Olívia grilando mais que uma escola de samba. Depois fomos descobrir que o João tinha colocado um óleo no Ushuaia que custou 22 pesos o litro, contra 60 pesos que é um óleo bom por aqui. Sabe aquela história do barato que sai caro? Então...
Chegamos e fomos direto procurar onde trocar o óleo das motocas. Nessas horas eu sinto saudade das lojas do Brasil. A última troca de óleo que fiz no Brasil, paguei 25 reais (óleo + mão de obra). Aqui pagamos o equivalente a 90 reais. Absurdo!!
O óleo que o João havia colocado no Ushuaia saiu da moto parecendo água. Ou seja, não compre óleo muito mais barato que o normal.
Óleo trocado e motos abastecidas, fomos procurar hotel e encontramos o primeiro argentino sem educação. O cara do hotel mal respondeu o Leandro, e as meia dúzia de palavras que disse foram grossas e mal educadas. Fazer o que né, todo lugar tem os podres. Mas isso não tira o crédito que os argentinos têm com a gente.
Conseguímos lugar pra ficar no segundo hotel que perguntamos. Ainda saímos pra jantar, já meio tarde, mas a fome era maior que o sono e a canseira.
De volta pro hotel, bora dormir. Ahhh, agora eu durmo com protetor auricular, porque o João ronca demais... hahaha
Dona Ema e seus filhotes
Ponte de entrada em Piedra Buena
Leandro em Piedra Buena
Lanche na beira do rio
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