Para tirar um pouco da monotonia, começamos a encontrar pela estrada algumas lhamas e emas. Nunca tinha visto emas assim soltas na natureza. O Leandro quase atropelou um filhotinho de ema que estava atravessando a pista. Uma imensidão de terra dos lados e o bicho resolve andar na pista. Nada que um desvio brusco não tenha resolvido pra deixar a coitada da ema viva.
Quando ninguém mais aguentava ver deserto, uma grata surpresa: o encontro com o mar. De cor azul bem viva, contrastando com a cor morta da terra do deserto, o mar se torna mais deslumbrante ainda. Seguimos uns bons quilômetros margeando o mar, com direito a parada para um lanche rápido num posto que tinha vista para aquela imensidão azul. Nem preciso comentar que eu e o Leandro ficamos morrendo de vontade de pular na água.
Como o dia estava propício para pilotar e tínhamos dormido bem, decidimos tocar em frente um pouco mais que o planejado, parando para dormir em Puerto San Julian. Chegamos direto no centro de informações turísticas para saber o que tinha de interessante na cidade e onde poderíamos dormir pagando pouco. Novamente fomos atendidos extremamente bem. Aliás, quem falar mal de argentino pra mim depois dessa viagem corre o risco de levar um peteleco na orelha. As pessoas têm sido muito agradáveis, ajudando sempre que solicitadas com muito simpatia. Isso quando eles não se aproximam para conversar e perguntar sobre a viagem.
Como ainda tínhamos pelo menos 2 horas de claridade (o dia aqui termina lá pelas 10 da noite) e a cidade estava lotada resolvemos ficar em um camping (pagamos 12 pesos por pessoa = aproximadamente 6 reais, super caro !!!). Barracas montadas de frente para o mar, o jeito era dormir para se preparar para o dia seguinte.
A lua no meio das mãos do Leandro às 10 da manhã
Ahhh o mar... depois de tanta terra sem nada para ver
Lhamas para tirar a monotonia
Leandro montando a barraca
A vista na frente da nossa barraca
Jantar
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