quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dia 26: Maldonado - Rio Grande ( 460 Km ) 7h30 às 19h00

Como nesse hotel não tinha café da manhã, paramos pra comer algo no posto em que abastecemos. Novamente o povo Uruguaio deu um show de gentileza. Na conveniência do posto não tinha pão, lanche ou algo parecido pra comermos e quando perguntamos se tinha algo assim, a dona do lugar se prontificou e foi até uma padaria próxima pra buscar pra gente um lanche. Onde e quando no Brasil alguém faria algo parecido ??!

Na saída do posto um semáforo que estava vermelho pra gente. Uma senhorinha que ia atravessar, com medo que não desse tempo de passar antes de ficar verde, nos pergunta se pode atravessar. Que mundo é esse? Em São Paulo a senhora teria atravessado sem falar nada e ainda faria questão de demorar.

Quando entramos no Brasil pelo Chuí, paramos no primeiro posto e como é bom ouvir o português de novo. Logo, o cheiro de comida e não resistimos. Almoçamos ali no posto mesmo, que tinha um restaurante bem fuleirinho. Mas como a comida era boooooa. Arroz, feijão, batata frita, bife e salada de tomate e alface. Detalhe: 10 reais por pessoa. Enchemos a pança, mesmo sabendo que poderia dar um sono daqueles.

Em seguida, lá estávamos nós rodando tranquilamente quando a moto de quem dá problema de novo? Se você pensou "moto do Leandro": bingoooo. O pneu murchou totalmente e de repente. Eu que estava atrás só vi a motoca dançar pra lá e pra cá e em seguida o Leandro reduzindo e tentando controlar a danada.
Paramos no acostamento e fomos tentar encher o pneu de novo com o compressor, mas o danado não queria mais saber de inflar. Agora sim, tínhamos um problema: No meio do nada, há 140km de Rio Grande, a próxima cidade.
Vimos uma placa indicando que tinha um posto há 3 km. Fui pro posto pra deixar minhas malas e depois buscar as do Leandro, pra aliviar o peso e tentarmos chegar com a moto dele no posto também.

Bagagem liberada da moto do Leandro, enquanto ele ia empurrando a moto até o posto eu voltei pra lá pra tentar conseguir um socorro até Rio Grande.
Expliquei a situação pro cara responsável pelo posto e o cara (tinha que ser brasileiro) ficou me enrolando pra tentar ajudar, na tentativa de conseguir uma boa grana. Não queríamos que ninguém levasse a moto até Rio Grande de graça, mas o cara estava fazendo de tudo pra não ajudar. Que saudade do povo argentino e uruguaio. Mas, esse infeliz foi exceção. Um tiozinho passou num Corolla pelo Leandro empurrando a moto e depois voltou, perguntando se o problema era falta de gasolina e se fosse, ele ia buscar porque tinha visto que o posto era um pouco longe.
Além dele, estávamos nós dois levando a moto pro posto e parou uma caminhonete do lado, oferecendo ajuda e dizendo que tinha um reboque parado no posto. Aceitamos a ajuda do Emerson (Xixo) que levou a motoca do Leandro dentro de uma carretinha para transportar cavalo até Rio Grande. Preço? de graça.
O cara, gente boníssima também, foi trocando a maior ideia com o Leandro na caminhonete enquanto eu ia atrás pilotando.
Ele deixou a motoca em frente a uma concessionária Honda, que aliás estava fechada já mas o pessoal estava dentro e abriu pra gente. Foram gente fina também e coloram a motoca do Leandro pra dentro da oficina.

Bora procurar um hotelzinho perto da concessionária, mas estava tudo lotado e o que conseguimos foram dois quartos num motel.
Banho tomado, bora jantar. E como é bom estar no Brasil quando se trata de comida. Ótima pedida num quiosque em Cassino, maior praia do mundo em extensão.
Na ida fomos de táxi, mas pelos 50 reais que custaram a corrida, decidimos voltar de busão: R$ 2,35 por pessoa.
Barriga cheia e dia cansativo, bora dormir que nem pedra.

Observação do Leandro: Imagine você, rodando a 100km/h e de repente a traseira da moto tenta te ultrapassar!! Foi essa a sensação que eu tive quando a pneu murchou em segundos. Eu puxava a moto para o acostamento e a dita cuja insistia em querer fugir pra via contrária. Mais uma vez a Mãozinha lá de cima salvou-me a pele. Minha dívida tá alta.

Voltinha num parque na saída do Uruguai 

Fortaleza dentro do parque 


Dessa vez, ficamos na estrada mesmo 

Comer bem no Brasil é muito fácil

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